[ENTREVISTA] Como Jay Park se tornou a face de uma "New Breed" do R&B do K-Pop

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[nota da tradutora: "New Breed", em português, "Nova Espécie"]


















(9 de março, 09:45am
por David Bevan)


O coreano libertino nascido no Estado de Washington sobre sua carreira incomum e Jeremy Lin

Na edição de março/abril da SPIN, David Bevan aventurou-se na Coréia para explorar o frutífero sistema de produção de grandes estrelas pop. Ele estará escrevendo estórias adicionais de K-Pop aqui na #1 Crush.

"Eu saí do avião e lá estava um perfume diferente no ar". É assim como Jay Park se lembra de seus primeiros segundos em Seoul, em janeiro de 2005, apenas meses antes ele havia se graduado no colegial em casa, no subúrbio de Seattle. Park foi levado de avião para começar o treinamento na JYP Entertainment, uma das 3 maiores companias de entretenimento sediadas na capital sul coreana. Com apenas 17 anos na época, ele falava pouco coreano e sabia ainda menos sobre música pop coreana - a sua paixão era ser bboy, o que ele utilizou durante uma audição local da JYP que ele foi por ordem de sua mãe. "Eu conheci todas essas pessoas e eu não podia realmente me comunicar com elas", ele disse sobre aquele primeiro dia. "Eu nem sabia o que comer".

Como parte do programa de trainee da JYP, um sistema altamente calibrado foi desenhado para preparar dezenas de recrutas adolescentes para a crescente demanda internacional de estrelato pop. Park essencialmente voltou para a escola. Ele praticou dança coreografada. Ele teve lições de canto. Ele teve aulas intensivas de acrobacias e chinês. E em 2008, ele eventualmente se viu na TV coreana pela primeira vez, como parte do "Hot Blooded Men" da MNET, uma série documentário que permitia os fãs assistirem a ele e seus companheiros trainees enquanto eles competiam por lugares no que se tornou duas das mais bem sucedidas bandas/marcas da JYP, 2PM e 2AM. "É muito desumano", ele disse sobre o sistema de trainee. "Você tem um monte de caras que estão tentando debutar e você não sabe quem vai conseguir ou quem eles vão escolher. Você tem que estar no topo do seu jogo." Na conclusão do programa, fãs votaram "Jaebeom", como é conhecido na Coréia (e também seu nome de nascimento), para liderar o banda de 7 membros 2PM em setembro daquele ano. "Meus amigos zombavam das roupas e tudo isso", ele diz. "Eles estavam acostumados a me verem relaxando de calças de moletom. De repente, estou usando maquiagem nos olhos e roupas loucas."
















Mas no fim de 2009, uma fã especialmente meticulosa detectou um comentário frustrado ("korea é gay... eu odeio coreanos...") que Park deixou no perfil do MySpace de um amigo durante seus primeiros meses confusos como um trainee. Apesar do CEO e fundador da JYP, Park Jin Young - o qual Park sempre creditou por tê-lo "criado espiritualmente e criativamente" - ter insistido em meio aos protestos subsequentes que a estrela confrontada deveria permanecer um membro do 2PM, Park anunciou que ele abandonaria ambos o grupo e a Coréia. Um pedido de desculpas público foi transmitido. Fãs chorosos se despediram dele no aeroporto internacional de Incheon quando ele foi embora. Semanas depois ele estava vivendo com seus pais em Edmonton, trabalhando meio período numa loja de pneus usados. Quando o 2PM finalmente lançou seu álbum completo de debut em 10 de novembro daquele ano, eles nomearam 1:59, em tributo ao membro que perderam.

Pouco depois, Park começou a se filmar fazendo cover de canções com uma webcam em casa. Em março de 2010, fãs em consonância com todos os seus movimentos pegaram imediatamente um clipe dele de regata branca, exibindo o abdômem, cantarolando o hit significativo de Bruno Mars "Nothin' on You". Alcançou 2 milhões de visualizações em dois dias, colocando a original de volta no ranking das canções mais baixadas do iTunes e Park de volta num avião para a Coréia do Sul, onde ele foi convidado para estrelar num filme sobre breakdance. Não muito depois, Park assinou com aagência da SidusHQ, com o intuito de escrever e produzir seus próprios álbuns como um artista solo. Foi um comeback que demonstrou a força esmagadora que as devotas do pop coreano exerceram online: os fãs foram capazes de ressucitar a carreira de Park tão rapidamente quanto as chamadas "anti-fans" a mataram.



A volta por cima colocou Park numa posição interessante, um na qual ele se encontra com algo que poucas estrelas do K-Pop possuem - particularmente aquelas empregadas pela JYP ou seus similares rivais influentes, S.M. e YG -, como controle criativo completo e anos de intensa educação pop desenhada por coreanos que o ajudaram a se desenvolver. Desde que ele optou por escrever e gravar canções com um estilo americanizado, alinhado com o hip-hop amigável aos clubes e o R&B com o qual ele cresceu, como aquele do Swizz Beats, com quem Park trocou tweets durante a última recente e muito comentada viagem a Seoul. E no álbum completo de debut recém lançado de Park, o adequamente entitulado "New Breed", suave, os culturalmente aceitáveis (por decididamente mais conservadores padrões sul coreanos) singles esbarram numa proposta mais "afiada" e "provocativa", Park se compara com as estrelas pop reinando atualmente nos rankings locais. "O resto das minhas canções são muito explícitas", ele explica sobre a parte do leão do álbum que ele fez para si mesmo, ao invés de para a TV ou rádio coreanos. "Eu falo de sexo, eu falo sobre beber e ir aos clubes. Eu me expresso muito mais no resto do álbum". Sobre o seu lançamento, "New Breed" encontrou o seu caminho no topo de vários charts de R&B no iTunes, incluindo nos Estados Unidos, um mercado que a maioria dos grupos de K-Pop, incluindo Park, atualmente cobiçam.

E apesar dele apontar Drake e até mesmo Chris Brown como referências culturais do pop americano (ambos os quais eles gostaria de um dia referir numa gravação para o mercado americano), Park encontrou inspiração na NBA: "Jeremy Lin é louco", ele disse do recente memeficado sino americano, armador titular do New York Knicks. "Ele estava fora do radar e agora ele está jogando com os melhores dos melhores. As pessoas não podem odiá-lo mesmo que queiram porque ele é muito bom. É a ssim que uma estrela do K-pop tem que estar na América se eles quiserem ter sucesso. Eles tem que estar tão bem em cada single que, mesmo que as pessoas odeiem, elas não possam dizer nada. Eu não insisto. Se eu não estou morto, ainda há outras coisas a se fazer".



Fonte/Créditos: David Bevan para a SPIN
Tradução/adaptação: Louise @_dreamhigh
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Author : Cmonfrozen

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